Biguaçu no combate ao mosquito Aedes aegypti

Está marcada para essa semana uma mobilização nacional de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, do zika vírus e da febre de chikungunya. Em Biguaçu, o trabalho de conscientização já começou nesta semana, com equipes do Programa de Saúde da Família realizando ações em Escolas e Centros de Educação Infantil Municipais e distribuindo materiais para as crianças.

“A proposta é que as crianças levem o assunto para casa e discutam com seus pais os riscos e perigos em deixar água parada em calhas, vasos, pneus e piscinas”, destaca o responsável pela Vigilância Ambiental, João Batista Soares. “Nestes meses de verão é preciso redobrar a atenção na vistoria dos quintais e das casas pois as condições climáticas e o aumento da temperatura são favoráveis ao mosquito. Eliminando depósitos e recipientes que possam acumular água, evitamos a sua proliferação”, finaliza Batista.

Em 2018 foram registrados 54 focos de larva do Aedes aegypti em Biguaçu. O município está inserido dentro de uma região de risco pois é cortado pela BR 101, rodovia com grande tráfego de veículos vindos de outros estados, facilitando assim a entrada do mosquito.

“Mobilizamos nossas equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) e estamos realizando atividades de conscientização e prevenção em 27 localidades com o objetivo de evitarmos uma epidemia. Elaboramos um cronograma e estamos visitando escolas, creches e o comércio. A luta contra a dengue não é obrigação apenas do poder público, deve ser uma luta de toda a população”, comenta a secretária municipal de Saúde, Genivalda Ronconi.

Na manhã desta sexta-feira (23/11), alunos do Colégio Super Incentivo, instituição de ensino particular do município, realizaram panfletagem e visita ao comércio no Centro de Biguaçu e na Praça Nereu Ramos. A ação contou com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde através da Vigilância Sanitária e da Vigilância Ambiental.

Mudança de perfil

O Estado vem passando por uma mudança de perfil relacionado à presença do Aedes aegypti e à transmissão das três doenças. Conforme Eduardo Macário, diretor da Dive/SC, “a infestação atual é a maior já registrada em Santa Catarina, além disso, neste ano ocorreu a circulação de outro sorotipo de dengue, o DEN2. Até então apenas o DEN1 circulava por aqui.”

Os sorotipos da dengue são DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4. Com isso, uma pessoa pode contrair a doença até quatro vezes ao longo da sua vida, já que a infecção gera imunidade somente contra aquele sorotipo já adquirido. Os sintomas da doença são os mesmos, independentemente do sorotipo, sendo: febre, dores de cabeça, dor no corpo, dor atrás dos olhos, manchas pelo corpo, entre outros.